Instituto ludwig von mises brasil



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Frédéric Bastiat

“Em nosso projeto, o estado não faz mais do que dar ao 

trabalho uma lei (nada mais?), em virtude da qual o mo-

vimento industrial pode e deve desenvolver-se em com-

pleta liberdade.  O estado simplesmente coloca a liberdade 

sobre uma rampa (somente isso).  Então, a sociedade des-

ce por essa rampa, levada pela simples força das coisas e 

como consequência natural do mecanismo estabelecido .”

Mas que rampa é essa indicada pelo Senhor  Louis Blanc?  Não 

conduz ela ao abismo?  (Não, ela conduz à felicidade.) Se é verda-

de, então por que a sociedade não se coloca sobre essa rampa por sua 

própria vontade?  (Porque a sociedade não sabe o que quer; por isso 

tem necessidade de um impulso.) E quem lhe dará este impulso?  (O 

poder.) E quem impulsionará o poder?  (O inventor do mecanismo, o 

próprio Senhor  Louis Blanc.)

cÍrculo



 

vicioSo


 

do

 



SociAliSmo

Não escaparemos jamais deste círculo: a ideia de homens pas-

sivos e o poder da lei usado por grande número de pessoas para 

mover o povo.

Uma vez nesta rampa, poderia a sociedade gozar de alguma liber-

dade?  — Certamente.  — E o que é a liberdade, Senhor  Louis Blanc?

De uma vez por todas, a liberdade não consiste somente 

no DIREITO concedido, mas no PODER dado ao ho-

mem para exercer, para desenvolver suas faculdades, sob 

o império da justiça e sob a salvaguarda da lei.

E não se veja aí uma distinção sem importância: seu sen-

tido é profundo e suas consequências imensas.  Pois desde 

o momento em que se admite ser necessário ao homem, 

para ser verdadeiramente livre, o PODER de exercer e de 

desenvolver suas faculdades, resulta daí que a sociedade 

deve a cada um de seus membros uma educação adequa-

da, sem a qual o espírito humano não pode desenvolver-

se.  E deve também os instrumentos de trabalho, sem os 

quais a atividade humana não pode desenvolver-se.  Ora, 

através de que ação pode a sociedade dar a cada pessoa a 

educação necessária e os instrumentos de trabalho conve-

nientes, se não for por intermédio do estado?

Assim, mais uma vez, a liberdade é o poder.  Em que consiste este 

PODER?  (Em possuir instrução e instrumentos de trabalho.) Quem 




47

A Lei


deve dar a educação e os instrumentos de trabalho?  (A sociedade deve 

fazê-lo para cada um.)  Por que ação a sociedade deve dar instrumen-

tos de trabalho a quem não os possui?  (Através da intervenção do esta-

do.) E quem os fornecerá ao estado?

Cabe ao leitor responder à pergunta e também descobrir onde tudo 

isso vai chegar.

doutrinA



 

doS


 

democrAtAS

Um dos fenômenos mais estranhos de nossa época, e que vai pro-

vavelmente espantar nossos descendentes, é a doutrina baseada nesta 

tripla hipótese: a inércia radical da humanidade, a onipotência da lei, 

a infalibilidade do legislador.  Estas três ideias constituem o sagrado 

símbolo daqueles que se proclamam totalmente democratas.

Os simpatizantes desta doutrina dizem-se também preocupa-

dos com o social.

Enquanto  democratas, eles têm fé ilimitada nos homens.  Mas 

como sociais, eles consideram a humanidade como lama.  Examine-

mos este contraste mais detalhadamente.

Qual é a atitude do democrata quando os direitos políticos estão 

em jogo?  Como ele vê o povo quando um legislador deve ser escolhi-

do?  Oh!  então, segundo ele, o povo tem uma sabedoria instintiva, é 

dotado de um tato admirável, sua vontade é sempre certa, a vontade geral 



não pode errar.  O sufrágio não poderia ser tão universal.

Quando é hora de votar, aparentemente o eleitor não pede nenhu-

ma garantia de sua sabedoria.  Sua vontade e sua capacidade de esco-

lher criteriosamente são sempre supostas.

Pode o povo permanecer sempre sob tutela?  Não conquistou ele 

seus direitos com muito esforço e sacrifício?  Não deu ele já bastantes 

provas de inteligência e de sabedoria?  Não atingiu já a maturidade?  

Não está em estado de julgar por si próprio?  Não conhece ele seus inte-

resses?  Há alguma classe ou alguém que ouse reivindicar o direito de se 

colocar acima do povo, de decidir e agir por ele?  Não, não, o povo quer 

ser livre e o será.  Ele quer dirigir seus próprios negócios e os dirigirá.

Mas quando o legislador é finalmente eleito — ah!  então o tom 

do seu discurso muda radicalmente.  O povo retorna à passividade, 

à inércia e à inconsciência.  O legislador toma posse da onipotência.  

Agora é a vez de ele se iniciar, de dirigir, de desenvolver e de organi-

zar.  O povo deve submeter-se; a hora do despotismo soou.  E agora 




48

Frédéric Bastiat

observemos esta ideia fatal: o povo que durante a eleição era tão sábio, 

tão cheio de moral, tão perfeito, não tem mais nenhuma espécie de 

iniciativa.  Ou se tiver alguma, ela o levará à degradação.

conceito



 

SociAliStA

 

de

 



liberdAde

Mas não deve ser dada ao povo um pouco de liberdade?

Segundo o Senhor  Considérant, a liberdade conduz fatalmente ao 

monopólio!

Nós entendemos que a liberdade significa concorrência.  Mas 

de acordo com o Senhor  Louis Blanca concorrência é um sistema 

que arruína o homem de negócios e extermina o povo.  É por esta razão 

que os povos livres estão arruinados e exterminados: isto se deu 

na proporção do grau de sua liberdade.  (Possivelmente o Senhor  

Louis Blanc deveria observar os resultados da concorrência em po-

vos como, por exemplo, os da Suíça, da Holanda, da Inglaterra e 

dos Estados Unidos.) 

O Senhor  Louis Blanc também nos fala que a concorrência leva ao 

monopólio.  E, pelo mesmo raciocínio, ele nos informa que os preços 

baixos conduzem aos preços altos; que a concorrência tende a secar as fontes 

do poder de consumo; que a concorrência força o aumento da produção e, 

ao mesmo tempo, a diminuição do consumo.  E então ele conclui que os 

povos livres produzem para não consumir; que a liberdade significa 



opressão loucura entre os povos e que o Senhor  Louis Blanc deve 

estar muito atento a isto.

o

S

 



SociAliStAS

 

temem



 

todAS


 

AS

 



liberdAdeS

Pois bem, que liberdade deveriam os legisladores conceder aos ho-

mens?  Seria a liberdade de consciência?  (Mas se tal fosse permitido, 

ver-se-ia o povo aproveitar esta oportunidade para se tornar ateu.)

Então seria a liberdade de educação?  (Mas os pais pagariam pro-

fessores para ensinar a seus filhos a imoralidade e o erro, e, além disso, 

de acordo com o Senhor  Thiers, se a educação fosse deixada livre das 

mãos do estado, deixaria de ser nacional e nós passaríamos a ensinar a 

nossas crianças as ideias dos turcos ou hindus, ao passo que, graças ao 

despotismo legal da universidade, elas têm, no momento, a ditosa opor-

tunidade de serem educadas dentro das nobres ideias dos romanos.)

Seria então a liberdade de trabalho?  (Mas isto significaria con-

corrência, o que resultaria em deixar sem consumo os produtos, em 

arruinar os negócios e em exterminar o povo.)




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