(acessos em: 25 fev. 2015).
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Os costões rochosos
Os costões são áreas litorâneas caracterizadas pela presença de rochas localizadas na região que sofre a ação das marés.
A maré é o movimento de subida e descida do nível da água do mar quando comparado com um ponto fixo da praia. Esse fenômeno ocorre com regularidade.
Os seres vivos dos costões rochosos, por causa da maré, ora estão cobertos pela água do mar, ora estão expostos ao ar. Nessas condições, os organismos ficam sujeitos a grandes variações de temperatura e umidade.
Animais como esponjas, estrelas-do-mar, ouriços-do - mar, caramujos, mexilhões e caranguejos podem ser facilmente observados nos costões rochosos, em especial na maré baixa.
Figura 10
Costão rochoso na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ), 2015.
Vitor Marigo / Tyba
As esponjas
As esponjas são animais aquáticos bentônicos. Mais de 97% das cerca de 9 mil espécies conhecidas vivem no mar, e o restante, em água doce ou salobra. Por apresentarem grande número de pequenos poros na superfície de seu corpo, as esponjas foram agrupadas no filo Porifera ou dos poríferos (porus = poro, orifício + fera = portador de ou relativo a). As esponjas vivem fixas nas pedras, em carapaças de caranguejos e siris, no casco de embarcações ou em outros tipos de substrato. Esses animais apresentam grande variedade de cores, formas e tamanhos.
Figura 11
1,5 m 25 cm 5 cm
Alguns exemplares de esponjas. Da esquerda para a direita, Callyspongia vaginalis, Xestospongia muta e Haliclona sp.
Nature/UIG/Universal Images Group/Getty Images
Nature/UIG/Universal Images Group/Getty Images
Jeffrey L. Rotman/Corbis/Latinstock
Sistema nervoso: conjunto de estruturas que recebem e interpretam estímulos dos meios externo e interno.
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O corpo dos poríferos é muito simples.
A água que entra pelos poros leva alimento para o interior da esponja.
Esse alimento é composto de pequenos fragmentos de seres mortos e de seres vivos do plâncton. Partículas e seres vivos maiores não são aproveitados, uma vez que não podem ser fagocitados pelas células responsáveis pela nutrição.
Não há um sistema nervoso que atue no controle das atividades das células das esponjas.
As esponjas podem reproduzir-se assexuadamente de diversos modos, entre eles, pela formação de brotos, que geram novos indivíduos, ou pelo desprendimento de agregados de células. Na reprodução sexuada, há a liberação de óvulos e espermatozoides, que se unem na água e formam uma larva, que se fixa em um substrato e origina um novo indivíduo.
Figura 12
poros
ósculo
saída de água
entrada de água
Os elementos da imagem estão fora de escala de tamanho entre si.
As cores não correspondem aos tons reais.
Esquema de esponja em corte longitudinal mostrando como ocorre a circulação de água em seu corpo. A água entra pelos poros e sai pelo ósculo.
Paulo Nilson
Figura 13
50 cm
Esponjas da espécie Aplysina fistularis formadas por brotamento.
Luis Javier Sandoval/Oxford Scientific/Getty Images
REDE DO TEMPO
Esponjas
As esponjas são conhecidas pelo ser humano há muito tempo. Seu uso como esponja de banho é evidenciado por representações de cenas em cerâmicas gregas (765 a.C.-755 a.C.). Segundo registros históricos, elas também foram utilizadas com finalidades medicinais.
Aristóteles classificou as esponjas como animais, mas utilizou-as como exemplo de organismo que apresentava características tanto de plantas como de animais. Somente no ano de 1765 foram observadas correntes internas de água que evidenciaram sua natureza animal.
A classificação dos poríferos como um filo deu-se a partir dos trabalhos de Thomas Henry Huxley (1875) e de Willian Johnson Sollas (1884), sendo efetivada somente no início do século XX.
• Quanto tempo levou para as esponjas serem agrupadas em um filo do reino Animal?
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Os equinodermos
Os ouriços-do-mar, os pepinos-do-mar e as estrelas-do-mar estão entre os animais mais comuns dos costões. Embora externamente sejam bem diferentes, esses animais pertencem ao mesmo filo, chamado Equinodermos.
Todos os animais pertencentes ao filo dos equinodermos são marinhos. O seu nome tem origem em duas palavras gregas (ekhínos = espinho + dérma = pele) e significa "corpo coberto por espinhos".
São conhecidas cerca de 6 250 espécies de equinodermos; os ouriços-do-mar, as estrelas-do-mar e os ofiúros correspondem a mais de 70% dessas espécies. Os lírios-do-mar e os pepinos-do-mar são equinodermos que não apresentam espinhos espalhados pelo corpo.
A presença de um esqueleto interno é uma característica comum a todos os representantes desse filo. Esse esqueleto é composto de pequenas placas de calcário que podem ser articuladas ou fundidas. Os lírios-do-mar e os pepinos-do-mar têm ossículos calcários microscópicos.
Figura 14
Estrela-do-mar.
Photodisc/Getty Images
Figura 15
7 cm a 15 cm
Ouriço-do-mar.
Fabio Colombini
Figura 16
até 50 cm
Pepino-do-mar.
Frans Lanting/Mint Images RM/Getty Images
Figura 17
12 cm
Ofiúro.
Michael Stubblefield/Alamy/Latinstock
@EXPLORE
A locomoção dos equino dermos
Figura 18
braços
tentáculos sensoriais
pés ambulacrais
boca
Os elementos da imagem estão fora de escala de tamanho entre si.
As cores não correspondem aos tons reais.
Esquema de estrela-do-mar com destaque para os pés ambulacrais.
Paulo Nilson
Todos os equinodermos apresentam um sistema de canais que possibilita sua movimentação e fixação, chamado de sistema ambulacral. A água que preenche os túbulos desse sistema os torna suficientemente rígidos para que sustentem o animal durante sua movimentação.
O controle muscular do pé ambulacral garante a fixação e a locomoção do animal.
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