A ameaça pagã Velhas heresias para uma nova era

LIBERALISMO CRISTÃO: CRISE E CONVERSÃO
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uma reorientação radical que (...) está enraizada na sanidade
ecológica (...) uma orientação ecofeminista [que alimenta] (...) a
espiritualidade perdida da terra (...) da Mãe Terra e outras
manifestações da Deusa (...) o Dharma do budismo, o movimento
de renovação dentro do judaísmo (...), a espiritualidade nativo-
americana (...) a espiritualidade da Nova Era.
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Para aqueles criados na ortodoxia bíblica, isso tudo é
verdadeiramente graça maravilhosa. Significado deriva de uma
espiritualidade da terra neopagã que encontra Deus em seu interior –
muito esforço humano e não muita graça. Nesta nova espiritualidade
os liberais contemporâneos recobram significado.
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 Spretnak toma
como exemplo para o mundo moderno o autor grego antigo, Heráclito
(séculos 6°-5° a.C.). Em “uma anacrônica explosão do organicismo
original”, Heráclito reagiu contra os racionalistas de seu tempo,
abraçou a espiritualidade do monismo e, pagando “tributo aos antigos
modos” da “superstição” grega antiga, colocou uma cópia de seu livro,
On Nature [Sobre a natureza], no templo da deusa Ártemis em Éfeso.
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Heráclito, o racionalista, tornou-se Heráclito o adorador da deusa.
Liberais do passado não tinham muito tempo para uma
espiritualidade. Os novos liberais se converteram ao redescobrirem a
religião “tradicional” numa unidade com o Todo.
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 Um bruxa que eu
conheci em 1993 tem doutorado em jurisprudência. A graça não é
mais um dom divino, mas um potencial “orgânico” humano. Há uma
multidão na porta dos templos das deusas pagãs.
Eu ouvi atentamente quando um mestre hindu com longos
cabelos pretos e uma túnica amarela deu uma palestra de uma hora,
falando errado, com um sotaque que me fez saborear o maravilhoso
tempero que eu tinha apreciado no Taj Mahal em Manchester, região
indiana na Inglaterra. Um palestrante apresentado no Parlamento
das Religiões do Mundo (Chicago, 1993), procurou demonstrar
“racionalmente” que as doutrinas do Cristianismo eram logicamente
não-verificáveis – que não se poderia nunca provar a existência do
céu, nem a existência de um Deus transcendente cristão que vive lá.
No final da palestra eu perguntei a ele o que era verificável no
domínio religioso, e com um típico brilho indiano em seus olhos
escuros ele disse, “A experiência espiritual do divino interior”. Sobre
isso é que o mundo será reconstruído.
A espiritualidade monística oriental ataca os fundamentos de
nossa cultura ocidental e, em particular, o discurso racional. Se a fonte

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A Ameaça Pagã
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de significado está no divino interior de cada um, a escolha e a opinião
são os maiores valores. Assim é que a NEA ensina nossas crianças
como ler a História.
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 É assim que nós interpretamos os textos.
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Escrevendo no New York Times de 28 de janeiro de 1994, Michiko
Kakutani lamentou o desaparecimento da troca racional e o surgimento
da subjetividade. “As antigas noções de ‘verdade’ e ‘conhecimento’
estão em perigo de serem substituídas pelas novas de ‘opinião’,
‘percepção’ e ‘credibilidade’.” Tendo absorvido o pensamento
desconstrucionista sem entendê-lo, muitos em nossa sociedade
moderna rejeitam a visão de mundo e vida judeu-cristã, a verdade
objetiva e a revelação. Stanley Fish, da Universidade Duke, um
líder do desconstrucionismo, acredita que “desde que todos os
princípios são preferências, eles não são nada além de disfarces
para o desejo de poder”.
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Se a verdade, tanto intelectual quanto moral, é meramente um
poder bruto para dominar e controlar, então a troca intelectual não é
apropriada. Ironicamente, como a verdade é posta de lado em favor
da experiência pessoal, o insulto, a acusação e a política certa
hierarquicamente imposta florescem. A tradição cristã de dois mil
anos, que ofereceu ao nosso país uma fundação de genuína troca dentro
da estrutura de submissão mútua com o Criador, é agora desprezada
como um novo desejo monoteístico, patriarcal de poder. Seus adeptos
são chamados de extremistas, um grupo de loucos que ameaçam o
planeta. Nesta atmosfera de tolerância que evita a verdadeira troca
intelectual e rejeita a verdade objetiva como extremismo, o espírito
do paganismo inclusivista monístico prospera como um bebê numa
encubadeira. O novo bebê está crescendo a olhos vistos.
Linha da vida para as Denominações Principais
O liberalismo viverá novamente, não somente porque a
ortodoxia não parece fazer uma ameaça particular, mas porque
um reavivamento “espiritual” está acontecendo nas camadas
liberais. A esperança ainda vive. Os principais estudiosos bíblicos
estão entendendo os antigos textos gnósticos heréticos como
renovadores. Céticos contemporâneos, afastados da igreja e
membros confusos estão obtendo religião de uma fonte similar: a
espiritualidade da Nova Era.
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 O ministro da Igreja Presbiteriana
Americana, Don Shriver, ao entregar a presidência do Seminário

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LIBERALISMO CRISTÃO: CRISE E CONVERSÃO
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Union para um unitariano, pôde entender essa infusão de um novo
sangue espiritual apropriado. Em um fórum público sobre “A
Igreja: De ontem para amanhã” realizada no Centro Interigreja em
Nova  York em 1993, Shriver sugeriu que um dos modos para
manter a “igreja de amanhã viva” seria “desenvolver relacionamentos
de parceria” com religiões orientais.
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 Se isso é presbiterianismo,
João Calvino era budista!
“Uma inesperada mudança cultural” está de fato abalando as
estruturas da igreja. Já em 1980, Carl A. Raschke, professor de Estudos
Religiosos da Universidade de Denver, viu indícios reveladores. Em
seu livro profético, The Interruption of Eternity: Modern Gnosticism and
The Origins of The New Religious Conciousness [A interrupção da
eternidade: o gnosticismo moderno e as origens da nova consciência
religiosa], ele afirmou que os ocidentais estão se tornando gnósticos.
Ele destaca as igrejas principais que estão ganhando novamente
espiritualidade pelo reavivamento do gnosticismo sem o retorno à
ortodoxia cristã.
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 Este é o negócio. Uma religião dos tempos antigos
sem a teologia e a moral dos tempos antigos.
A “Nova Era” vai para a Igreja
Lynn Willeford, editora colaboradora do New Age Journal
voltou . Ela foi criada em uma “destacada Igreja Congregacional
ao redor da cidade (...) onde ninguém parecia se conectar (...) [onde]
nós falávamos com Deus e o ministro falava conosco (...), mas era
cuidadoso para nunca pedir muito de nós”.
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 Em um longo artigo
no New Age Journal, Willeford reconta como ela retornou à igreja
após trinta anos fora dela, como redescobriu o “Cristianismo em
uma igreja Metodista Unida da linha da ‘liberdade e justiça’”. “Às
vezes”, diz ela, “parece que meu peito foi cheio com uma luz
dourada.” Nenhuma vez sequer Jesus Cristo como Salvador é
mencionado como a fonte de sua nova espiritualidade. Os seguintes
comentários mostram o quanto sua experiência se desvia do
Cristianismo ortodoxo:
Um amigo que segue algumas práticas orientais diz que eu  estou
iluminando o chakra (ponto de energia) do coração. Eu acho que
estou entrando na Fonte, mas seja qual for o nome, eu estou feliz
por estar de volta.

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