Jobson da silva santana


ANEXO D – Índios dançam o toré em prol do São Francisco



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ANEXO D – Índios dançam o toré em prol do São Francisco

CIDADES

          1. 29/06/2007 às 14:18




Mariana Mendes, do A Tarde On Line

Xando P. | Ag. A TARDE




Movimento contra a transposição dança o toré na Fazenda Tucuru

Nesta sexta-feira (29), na Fazenda Tucuru, integrantes do movimento contra a transposição do Rio São Francisco dançaram o toré – cerimônia indígena que busca diminuir os males - e fizeram o enterro simbólico da obra da transposição do Velho Chico.

O exército está alojado a 6 km do acampamento dos manifestantes, que estão irredutíveis e fieis as reivindicações.

Cerca de 1600 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), índios Trukás, Tumbalalá, Kambiuam, Pipipam, Karirixokó e outros movimentos sociais dos Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Ceará, ocuparam na terça-feira (27), a fazenda Tucuru no município de Cabrobó (PE), onde o 2º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) de Teresina pretende realizar a obra do eixo norte da transposição do Rio São Francisco.

*Com informações de Adilson Fonsêca, do A TARDE

Legendas da foto: Movimento contra a transposição dança o toré na Fazenda Tucuru

Jornal: A TARDE / Autor: Mariana Mendes

Informações: Adilson Fonseca

Editoria: Cidades / Tamanho: 157 palavras


ANEXO E – Transposição: Bispo da Barra diz que agora é o confronto

CIDADES

          1. 29/06/2007 às 08:02




Adilson Fonsêca, do A TARDE

Xando P./Agência A Tarde




Ocupantes fazem enterro simbólico da obra


O bispo da Diocese de Barra, D. Luiz Flávio Cappio, disse, ontem, que não há mais condições de diálogo com o governo federal sobre as obras de transposição do Rio São Francisco e que agora só resta o confronto. Falando aos manifestantes que ocupam, desde a madrugada de terça-feira, o canteiro de obras do canal de aproximação, no Eixo Norte da transposição, em Cabrobó (PE), ele disse que a obra é uma “farsa” e que o nordestino está sendo enganado pelo governo.

D. Luiz chegou a Cabrobó ontem pela manhã, às 6h30, vindo de Barra, de onde saiu na noite do dia anterior. Imediatamente se reuniu com as lideranças indígenas e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) para discutir as estratégias da ocupação do canteiro de obras.

A principal medida adotada é a de manutenção da estrutura para acolher um número maior de ocupantes, que deverá chegar a dois mil até o final de semana, e rechaçar qualquer tentativa do governo em retomar a área.

Segundo deixou claro, não haverá recuo, e, caso o governo queira dialogar, terá que retirar o Exército da área. “Não vamos permitir que a obra avance. Caso o governo queira dialogar, terá que retirar o Exército e mandar todo mundo embora. Enquanto isso não for feito, não haverá diálogo. Agora é o confronto, que esperamos seja pacífico”, disse o bispo.

A posição de D. Flávio foi apoiada pelo bispo da Diocese de Juazeiro, D. José Geraldo da Cruz, que também foi ao acampamento em Cabrobó e aproveitou para criticar o governo do presidente Lula. “Enquanto se engana o povo com propaganda mentirosa, na beira do Lago de Sobradinho e nas regiões que beiram o São Francisco, morre-se de sede e as comunidades têm que pagar do próprio bolso para fazer funcionar as bombas para trazer água para beber. É isso que dói e nos envergonha”, disse.

Com relação ao principal interlocutor do governo federal nessa questão, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, o bispo disse que ele já demonstrou ter medo do diálogo, pois não possui argumentos suficientes que justifiquem a transposição do Rio São Francisco.



TERRA INDÍGENA – A área onde começou a ser aberto o canal de acesso para a captação de água do Rio São Francisco para o Eixo Norte da transposição foi ocupada por 1.200 pessoas na última terça-feira.

Ontem, chegaram mais 300 integrantes do MST de Pernambuco e do Ceará, e a expectativa é que até o final de semana duas mil pessoas estejam na área.

O líder da tribo Truká, Francisco Truká, explicou que os índios não abandonarão mais a área da transposição, por considerar que são terras da aldeia. “Daqui não sairemos, e, se o governo quiser continuar a transposição, terá que buscar outro lugar para trabalhar”, disse Francisco.

Os índios, que ocupam uma área de 4.200 hectares na Ilha de Assunção, no município de Cabrobó (divisa da Bahia com Pernambuco), lutam pela ocupação das terras da Fazenda Tucutu, onde o Exército começou a abrir o canal do Eixo Norte da transposição, há 10 anos. “Agora, chegou a vez de ocupar a terra em definitivo”, disse Francisco Truká.

O líder do MST da região de Juazeiro (BA), Walmir de Oliveira, disse que os sem-terra podem colocar até cinco mil pessoas no acampamento.

“Se necessário e para garantir que as obras não sejam retomadas, poderemos colocar rapidamente cinco mil pessoas aqui, reunindo integrantes dos diversos acampamentos e assentamentos pela Bahia”, disse.

Somente de Juazeiro são 200 sem-terra que se juntaram a outros integrantes do movimento vindos dos Estados de Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Ceará. “Comida e água não é problema para nós, e poderemos ficar por tempo indefinido”, disse Walmir de Oliveira.

Enquanto o Exército permanece com as tropas do 2º Batalhão de Engenharia de Construção e do 72º Batalhão de Infantaria Motorizada, totalizando 100 homens, acampadas na beira da BR-428, na antiga Fazenda Mãe Rosa, e a seis quilômetros do local ocupado pelos índios e sem-terras, o Ministério da Integração Nacional anunciou que entrou, ontem mesmo, com o pedido de reintegração de posse da área.

Conforme explicou o coordenador geral do projeto da transposição, Rômulo Macedo, o pedido de reintegração de posse foi feito, no final da manhã de ontem, ao juiz titular da 20ª Vara da Justiça Federal, no município de Salgueiro (Pernambuco), Georgios Luis Argentini Príncipe Tedidio.

Ele destacou que o projeto foi exaustivamente discutido com todos os segmentos interessados. “A manifestação é uma ação dos que ainda não conhecem direito os objetivos da obra, que é o de levar água para o interior do Nordeste Setentrional, onde as pessoas passam sede”, afirmou Rômulo.



DESOCUPAÇÃO – Ainda segundo Rômulo Macedo, com essa decisão, os manifestantes terão que desocupar a área. “Estamos buscando os caminhos legais para a ação”, disse ele.

Ontem, também os advogados dos índios e dos sem-terra entraram com uma liminar no Ministério Público Federal para garantir a permanência na área ocupada.

“Entendemos que a área é dos índios e, por isso mesmo, qualquer tentativa de desocupação só pode ser feita mediante autorização do Congresso Nacional, como é o que determina a Constituição”, disse o advogado Isaac Tolentino.

De acordo com informações fornecidas pelo major do Exército Manoel Valentim, as obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional envolve cerca de 500 homens para a construção de dois canais e duas barragens.

O prazo para os trabalhos terminarem é de 35 meses.

Colaborou Caroline Gois * O Exército permanece na região com as tropas do 2º Batalhão de Engenharia de Construção e do 72º Batalhão de Infantaria Motorizada, totalizando 100 homens, acampadas na beira da BR-428, na antiga Fazenda Mãe Rosa.

As obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional envolvem cerca de 500 homens para a construção de dois canais e duas barragens.

Legendas da foto: Ocupantes fazem enterro simbólico da obra

Informações: Caroline Gois

Jornal: A TARDE / Autor: Adilson Fonsêca

Editoria: Cidades / Tamanho: 1012 palavras


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