14 | SET / OUT 2016
O NOSSO ELO DE UNIÃO DESDE 1974
Notícias
Recordar Jorge Maurício
O ELO e a ADFA evocam a memória do associado Jorge Manuel Gar-
rido Pardal Maurício, antigo dirigente que faleceu no dia 3 de agosto
de 2003. O associado deixou uma marca positiva profunda na Asso-
ciação.
Jorge Maurício nasceu em 26 de maio de 1949, em Castelo Branco,
e foi também em maio, em 1974, como associado número 208, que
ajudou a fundar a ADFA.
A ADFA prestou-lhe homenagem atribuindo o seu nome ao auditório
da Sede Nacional, em Lisboa. É no auditório Jorge Maurício que se
realizam os eventos mais importantes da Associação. É um local no-
bre onde a ADFA recebe as altas individualidades que participam nos
seus aniversários e noutros eventos.
O ELO sublinha a memória de Jorge Maurício, passados 10 anos do
seu desaparecimento, deixando também uma palavra de saudade
para a sua família.
Nova morada do Posto de
Atendimento da ADM
A ADFA foi informada que o Posto de Atendimento (PA) da
ADM sito na Travessa de Santo António da Sé, n.º 21, 1149-071
Lisboa, encerrou dia 31 de agosto passado.
Desde o dia 1 de setembro o Posto de Atendimento da ADM
tem a seguinte morada: Largo António Bernardino Gomes, n.º
167, 1100-059 Lisboa (antigo Casão Militar).
Livro dos 40 anos da
ADFA
A Editora “Edições Parsifal” vai proceder à edição
e impressão do livro dos “40 anos da ADFA”, numa
primeira edição de 3000 exemplares.
À data de fecho desta edição estão a ser efetua-
das pesquisas no Arquivo Fotográfico do ELO/
ADFA para colocação de imagens no livro.
Brevemente será anunciada a data de lançamento
da obra.
NOVO LIVRO LANÇADO NA ADFA
“Sussurros Meus”
O associado Fernando Sousa é o autor do novo
livro “Sussurros Meus”, uma obra de poesia, na
qual liberta muitos dos seus sentimentos, ficando
assim duas obras irmanadas nos mesmos valores
– “Quatro Rios e um Destino” e “Sussurros Meus”.
“Em Sussurros Meus, encontramos algo diferente.
Aqui o amor é rei e senhor, interligado entre raízes,
os sentimentos de alma e estados de espírito, que
o autor verteu para o papel, na sua forma e estilo
próprios”, explica Fernando Sousa.
No dia 14 de Outubro, às 15h00, terá lugar o lança-
mento do livro, no Salão Nobre da ADFA – Auditó-
rio Jorge Maurício, na sede Nacional, na Av. Padre
Cruz, Edifício ADFA, em Lisboa. No dia do lança-
mento haverá um Porto de Honra. A obra “Sus-
surros Meus” apresenta 125 poemas e expressa o
sentimento do autor.
Associação em
movimento
A Associação participou nas celebrações do Dia
Nacional da Praça das Forças Armadas, dia 10 de
setembro, no Centro Cívico do Feijó, junto ao Mo-
numento ao Marinheiro Insubmisso. O presidente
e o secretário da DN representaram a ADFA neste
evento.
A Associação Nacional dos Combatentes do Ultra-
mar convidou a ADFA para o seu 34º Aniversário,
no dia 18 de setembro, na Sede da ANCU. O ter-
ceiro vogal da DN representou a Associação neste
evento.
A Fundação Champalimaud convidou a ADFA para
a cerimónia de entrega do Prémio António Cham-
palimaud de Visão, presidida pelo Presidente da
República, no dia 6 de setembro, no Centro Cham-
palimaud, em Lisboa. O presidente e o secretário
da Direção Nacional representaram a ADFA neste
evento.
UMA OBRA QUE RELEVA O PAPEL DA ADFA
NO MOVIMENTO DE DEFICIENTES
Pessoas
com deficiência
em Portugal
“Pessoas com deficiência em Portugal” teve o
seu lançamento oficial no dia 30 de Setembro,
em Óbidos, cerimónia em que esteve repre-
sentada a ADFA, na pessoa do presidente da
DN, José Arruda, acompanhado pela Drª Paula
Afonso, responsável pelo Centro de Documen-
tação e Informação da ADFA. A apresentação
esteve a cargo do arquiteto e deputado do BE,
Jorge Falcato.
O seu autor, académico da Universidade de
Coimbra, tem desenvolvido muito da sua inves-
tigação na área da deficiência, tendo defendido
a sua tese de doutoramento na School of So-
ciology anda Social Policy da Universidade de
Leeds (Reino Unido), dissertando sobre “políti-
cas de deficiência e o Movimento das Pessoas
com Deficiência em Portugal”.
Este pequeno ensaio, elaborado para fazer parte
da coleção de “Ensaios da Fundação”, que a Fun-
dação Francisco Manuel dos Santos tem vindo a
editar, analisa e enquadra o movimento das pes-
soas com deficiência em Portugal, seus avanços
e recuos e traçando o ponto da situação atual.
Começa por fazer uma análise da forma como
ao longo dos tempos foi encarada a deficiência
no Mundo Ocidental, seus modelos e perspe-
tivas, da mudança de atitude operada a partir
dos anos 60 do séc. XX, e aponta as razões
por que em Portugal as mudanças de atitude
foram mais lentas do que em alguns países eu-
ropeus e nos EUA.
Fernando Fontes analisa a situação no nosso
País em duas etapas temporais: antes e de-
pois de Abril de 1974. No pós-revolução des-
taca o papel fundamental dos deficientes das
Forças Armadas na consciencialização para os
reais problemas da deficiência em Portugal.
Depressa organizados na ADFA, tomam a dian-
teira nessa luta perante o novo Poder e face à
sociedade, levando o Estado a assumir as suas
responsabilidades. O autor considera ainda
que a consagração dos direitos dos DFA no DL
43/76, foi também o ponto de partida para a
extensão de alguns desses direitos aos defi-
cientes civis. Para reforçar esta posição, recor-
re às quatro tendências identificadas por Dra-
que na “evolução das políticas de deficiência
e do desenvolvimento dos serviços do Estado-
-Providência”: confinamento, compensação,
cuidado e cidadania. “O restabelecimento da
democracia em 1974 e a incorporação de uma
política de proteção social na máquina estatal,
permitiram e emergência das três últimas ten-
dências identificadas por Draque. A tendência
da compensação emergiu em resultado dire-
to das campanhas desenvolvidas nos anos de
1970 pelos Deficientes das Forças Armadas
(DFAs). Manifestações, sit-ins, bloqueios de
estradas e ações de lobbing obrigaram o Go-
verno a publicar o Decreto-Lei 43/76, de 20 de
Janeiro de 1976, que confere aos DFA muitos
dos seus direitos actuais…” (pg 66).
Como conclusão o autor considera que o “cui-
dado” e a “cidadania” têm sido as tendências
de mais difícil concretização: “As pessoas
com deficiência continuam impossibilitadas
de exercer os seus direitos de cidadania e de
aceder a uma vida autónoma e independente
como qualquer outro cidadão”. (pg 111).
E é interessante verificar que a ADFA, de há
um tempo a esta parte, tem vindo a orientar as
suas tomadas de posição e as suas reivindica-
ções para estas duas vertentes: o “cuidado” e
a “cidadania”.